O outro é o nosso reflexo

No trabalho, na família, nas rodas de amigos, em reuniões de condomínio, onde quer que existam duas pessoas, é da natureza humana enxergar os problemas dos outros e ignorar os seus.

É mais fácil tentar tirar a palha dos olhos alheios, do que ver o arqueiro que cobre os nossos olhos. Nas sábias advertência de Jesus Cristo, devemos refletir sobre nossas hipocrisias, sobretudo os que se dizem cristãos, pois reconhecer e corrigir nossos defeitos deveria ser a nossa primeira empreitada na vida.

Cada um de nós tem um poço que acumula todas as nossas experiências e vivências. Nele encontramos tudo o que somos. Neste poço, a cristalina água encobre o “lodo” que representa nossos vícios e fraquezas. Tem que ter coragem para mergulhar a mão no poço e agitar suas águas. Pois toda a nossa verdade se revelará. Somente com o autoexame seremos capazes de aprender sobre nós. Somente com a autorreflexão compreendemos nossos defeitos e a necessidade de corrigi-los. É preciso reconhecer nossos erros, não com autoridade de um soberano, mas com a humildade do menor entre nós. Assim poderemos enxergar a verdade.

Ao reconhecer os nossos erros com toda a sinceridade e procurar corrigi-los, não teremos necessidade de retirar a palha dos olhos alheios, pois nossas ações dizem mais que palavras. O exemplo é o melhor conselho que se pode dar a quem precisa de ajuda. Antes de criticar, análise o seu discurso, procure encontrar os defeitos que a sua alma possui. Corrigia-os, retire o argueiro que esta diante dos teus olhos, então só depois disso você estará apto a retirar a palha dos olhos dos outros.

Todavia, quando o fizer, certifique-se da pureza das suas intenções. Não se deixe enganar pelo sentimento de falsas preocupações com o outro, quando na verdade o seu orgulho e vaidade comprazem-se com os seus erros. Se assim agir, é porque os erros que você vê no outro encontram-se em abundância em você.