Quando comprei o livro Quatro Textos Excêntricos, o fiz pelos nomes dos pensadores estampados na capa. Para minha surpresa, o tema em análise era sobre a educação na visão de quatro pensadores excepcionais. Bertrand Russel, Hannah Arendt, Eric Weil e Ortega y Gasset analisam em sua época a questão do sistema educacional mundial. O livro ainda vem abrilhantado com o prefácio de Olga Pombo no qual faz uma maravilhosa reflexão sobre o conteúdo do livro. A leitura dos textos desses quatro gigantes, fizeram-me refletir sobre a educação no Brasil, onde o modelo educacional tem como objetivo preparar os alunos para passarem no vestibular ou no ENEM, no lugar de educar e formar cidadãos A conclusão é óbvia: o nosso sistema de ensino encontra-se num estado patológico.
As escolas, conforme citam quase todos os pensadores do livro, não ensinam os alunos a serem autênticos em suas reflexões e expressões. A formação adquirida nas instituições de ensino não permite que os alunos sejam capazes de fazer críticas próprias fundamentadas naquilo que acreditam no lugar daquilo que querem que eles acreditem. Eles são o que são porque as instituições assim os querem. A educação no Brasil é uma falácia. A situação fica mais grave devido a falsidade das propagandas que divulgam números que tem apenas um objetivo: fazer bonito fora do pais (como se os outros fossem cegos – eles estão bem mais informados sobre a situação de desenvolvimento do Brasil que o próprio brasileiro) e mostrar para o mundo que o Brasil está pronto para fazer parte do seleto grupo dos países bem desenvolvidos. Os números mentem e aceitamos. Somos Alice vivendo no País das Maravilhas.
Não precisamos de números enganosos, mas de um sistema de ensino que seja capaz de formar cidadão bem instruídos com senso críticos, idéias próprias, conscientes do seus direitos e deveres e que saibam exigir dos nossos governantes o que for necessário para que possam viver com dignidade, com honra.
Precisamos sim, que os nossos governantes forneçam um ensino de excelência e que torne este país, tão rico em suas diversidades, em uma nação de cérebros brilhantes, de pessoas educadas e socialmente preparadas em igualdades de condições
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