O filósofo Roger Scruton é atualmente uma das maiores nomes do conservadorismo europeu. Seus livros, ensaios e textos discutem questões da vida moderna. Entre estas, as questões ambientais do planeta, em voga neste século, tem sido pauta de discussão de muitos governos e da população mundial em geral com o futuro da humanidade. Em seu livro Filosofia Verde, como pensar seriamente o planeta, Scruton avalia do ponto de vista filosófico o aquecimento global e sugere alternativas para cuidarmos do nosso planeta em que cada um deve fazer a sua parte. Apesar de ser uma responsabilidade global, as ações, propõe Scruton, devem ser local. Cada pessoa deve cuidar do planeta como se cuidasse da sua casa. O problema do aquecimento global não pode se transformar em negócios.

Há muita encenação sobre o aquecimentos global.  Muita ONG,  órgãos regulamentadores, artistas, intelectuais, empresários, políticos ganhando rios de dinheiro em nome da proteção do planeta terra. O ativismo ecológico virou uma ideologia com grupos poderosos faturando milhões de dólares. Scrotun propõe tratarmos o assunto com a seriedade que se espera para não sermos ludibriados por alarmismos ativistas.

“Ao se definir por meio de agendas globais, iniciativas internacionalistas e mobilizações planetárias, esses movimentos desenraizam a causa mesma das propostas que dizem servir uma busca pelas raízes. Seu único efeito prático é prender o mundo a tratados autoritários e decretos promulgados por burocracias transnacionais, todos igualmente incapazes de prestar contas de seus atos, indiferentes às condições locais e repletos de consequências indesejáveis. Na medida em que desprezam as motivações que ligam as pessoas ao próprio lar, nelas inspirando um modesto ainda que genuíno sentimento de intendência, esses movimentos desfazem qualquer esperança que possamos ter no estabelecimento de um equilíbrio ecológico.”

As agendas governamentais sobre o aquecimento global deve enxergar além das caríssimas reuniões globais que mais espalha o terror que pensar seriamente o futuro do planeta. Kyoto, IPCC e todas as ONGs não resolverá o problema das emissões de gases poluentes se continuarem criando mecanismos que sacrificam os países que não poliram (países de terceiro mundo) e divide com estes a conta que é apenas da responsabilidade das grandes potências poluidoras como os EUA e grande parte da Europa ainda que na corrida do progresso, todas as nações tenham se beneficiadas. O custo das iniciativas globais para a redução de emissão de carbono não pode ser repassado para o países subdesenvolvidos. Países Europeus e os Estados Unidos são os maiores responsáveis pela situação em que o planeta hoje se encontra. Então que os custos fiquem com que durante a séculos progrediu com que polui o ár que respiramos ainda que de alguma forma o terceiro mundo se beneficie disso. É por isso que Scruton sugere ações locais em que a participação do indivíduo consciente do seu papel nos cuidado com o planeta é fundamental para benefícios a longo prazo. Roger observa que “o problema é global mas a solução é local”.

Como respeitar, proteger e preservar o planeta se não somos capazes de fazer os mesmos pelas famílias, pelas religiões, pela propriedade? As reflexões de Scruton conduz ao entendimento que somente gerações que se preocupam pelas preservação das tradições e instituições, vão compreender que o planeta terra é propriedades de todos nós e que portanto é da nossa total responsabilidade protegê-lo.

“Temos, no entanto, de aprender uma lição com Burke, Hegel e De Maistre: reconhecer que a proteção ambiental é uma causa perdida, caso não encontremos os incentivos que levariam as pessoas em geral, e não somente os seus representantes, a defendê-la. Esse é o ponto em que ambientalistas e conservadores podem e devem estabelecer uma causa comum. Essa causa comum é o território o objeto de um amor que encontrou a sua mais forte Expressao Política por meio do Estados-nação. “

Precisamos nutrir o sentimento de pertencimento e defendermos aquilo que reconhecemos como nosso. Neste sentido, observa Scruton, devemos compreender o território como extensão da nossa família. Esta consciência e fundamental para que compreendamos que proteger o planeta é  uma obrigação de cada indivíduo.

“Muitos ambientalistas reconhecerão que as lealdades local e suas agendas devem receber um lugar apropriado nas tomadas de decisão caso queiramos combater os efeitos adversos da economia global. Logo, o surrado slogan: “Pense globalmente, atue localmente”… Caso os conservadores adotassem um slogan, este seria: “Sinta localmente, pense nacionalmente” .Isso não significa que os conservadores sejam nacionalistas à maneira dos românticos do século XIX, que adotaram esse credo. Eles reconhecem a natureza histórica e transitória do Estado-nação, a necessidade de conter e abrandar a sua beligerância e a ameaça que ele representa às lealdades locais e às associações civis. “

 

“Sentimentos de filiação territorial, defendo, ajudaram a manter um equilíbrio herdado, que se caracteriza como social e ecológico; e o repúdio desses sentimentos, nas últimas décadas, é uma das causas principais da crescente entropia. Em seu nível local e nacional, políticas ambientais coerentes coincidem com políticas conservadoras coerentes. “

No livro A Fraude do Aquecimento Global de autoria Geraldo Luis Lino, é uma denúncia contra os aquecimentista e uma orientação sobre conhecer melhor o clima do planeta antes sair por ai propagando o fim do mundo. Roger Scruton em Filosofia Verde propõe uma saída. Para separar o joio do trigo nesta ciranda maquiavélica que se tornou o problema do aquecimento global, é necessário estar bem informado. Começa-se primeiro conhecendo os fenômenos climáticos e por último a análise sobre as verdadeiras intenções dos ativistas ambientais.

“Como conservador, todavia, curvo-me à evidência da história, que me diz que os seres humanos são criaturas de afeições limitadas (afeições locais), das quais a melhor é a lealdade territorial, que os leva a viver em paz com os estrangeiros, honrar os mortos e preparar o terreno para aqueles que os substituirão como inquilinos terrestres.”

“Assim, em quem devemos acreditar, nos “aquecimentistas” ou nos “céticos”? Como podemos saber, eu e o leitor, sem nos dedicarmos, pelo resto da vida, ao estudo intensivo da climatologia? Mesmo assim, entraremos num campo em que há pouco consenso sobre qualquer assunto, com “modelos computacionais” concorrentes, mas sem o auxílio de genuínas “leis do movimento”, familiares às outras ciências físicas.”