Em seu livro Os Dez Mandamentos (+ um), Luiz Felipe Pondé, autodeclarado ateu, faz algumas reflexões sobre a religião numa sociedade que cada vez mais demonstra ignorar a importância da crença na família, nas instituições e na história em detrimento ao niilismo, ao narcisismo e a ideia que vale tudo por uma utopia que promete fazer o homem renascer das cinzas de um passado antiquado que nada tem a ver com a proposta do “novo homem”.

O autor alerta que esse desvínculo com às tradições religiosas e familiares nos distancia cada vez mais daquilo que corresponde os princípios básicos para a convivência sadia entre as pessoas, e chama a atenção para “o relativismo cultural, acúmulo de informação, perda de vínculos familiares e comunitários, avanços da ciência que desencaixam comportamentos e crenças tradicionais, mercantilização crescentes das relações humanas, perda de força da religião entre as populações produtora do pensamento público.” – Pondé

“Um aforismo teológico de um homem sem fé.” É assim que o Pondé se apresenta em sua obra. Talvez essa seja a forma deste escrever sobre o seu décimo primeiro mandamento que reformula o homem a partir da auto-reflexão e que somos um poço cuja água parada não revela as impurezas das nossas almas.

“Quanto mais alguém se sente perto de Deus, mais longe está, porque esta proximidade é signo de sua falsidade, ou seja, de seu pecado contra a castidade. A bondade do bom sempre faz mal porque é, normalmente, fruto do descuido com sua própria maldade.”– Pondé

Realmente, há algo de muito errado com as almas dos homens.

Os Dez Mandamento (+ um) foi escrito em 2015 pelo filósofo e professor da PUC Luiz Felipe Pondé Lançado em 2015 pela editora Três Estrelas. Possui 127 páginas.