A Alma do Cristianismo. Obra de autoria do professor de teologia Huston Smith, é uma síntese das mudanças pelas quais passaram as doutrinas cristãs nos últimos dois mil anos, e os reflexos destas nas tradições da Igreja.

Huston Smith explica que a alma do cristianismo, deve retornar às tradições dos primórdios do cristianismo, ou seja, dos seus primeiro mil anos. É o resgate das ideias originais da doutrina cristã que representavam as palavras do Cristo Vivo e as alianças estabelecida nos compromissos dos apóstolos em levar a Boa Nova para os quatro cantos do mundo.

Neste trabalho, Huston Smith estuda dois aspectos que compõe a formação do pensamento de Jesus Cristo. No primeiro, A Cosmovisão Cristã, ou como os cristãos expressam suas crenças apoiadas sob as doutrinas e a ortodoxia. No segundo, A História Cristã, da vida de Jesus Cristo e dos seus discípulos incumbidos de continuar a edificação da sua Igreja. Em ambos os aspectos, segundo Huston Smith, Jesus nos ensina que:

“O mundo é perfeito, e a oportunidade humana é perceber isso e se adaptar a este fato.”

“Jesus não nos deixou um livro de regras para evitar as escolhas difíceis. O que mostrava era a atitude com que devemos encarar essas escolhas.”

Todavia, apesar do otimismo expresso nas páginas desta obra em que Smith ver uma onda crescente no cristianismo em todo o mundo em números de adeptos, há um grande perigo se aproximando e ameaçando a moral cristã. O século XXI é uma prova de fogo para o cristianismo.

A Igreja edificada sobre pedra passou por várias mudanças ao longo dos séculos. Em todas as mudanças, a igreja primitiva se manteve firme e inabalável em suas convicções originais apesar de dividida. Graças a esta resistência, exatamente como Jesus Cristo profetizou, multiplicou-se e alcançou todas as partes do globo terrestre, tornando desta forma a maior religião do mundo em números de seguidores.

Contudo, o secularismo  provoca mudanças lentas e progressivas. Essas mudanças tem atingido diretamente a Igreja Católica e ameaça a destruir as tradições e a milenar história dos cristãos.

A perseguição de vida e morte aos cristãos pelos radicais islâmicos; mudanças no comportamento dos padres modernos que cada vez mais transformam o sacerdócio num palco mundano; músicas sacras sendo substituídas por músicas estilo pop em que perdeu-se  a profundidade espiritual que tem por exemplos as cantatas de Bach, e por fim, a chegada de um papa progressista ao Vaticano são alguns dos fatos que vem aos poucos causando grandes mudanças na mentalidade cristã, sobretudo as dos mais jovens.

É por isso que é preciso resgatar as tradições. Faz-se necessário, portanto, uma nova reforma nascida da consciência dos seus seguidores que deve exigir o resgate e manutenção destas tradições. As verdadeiras famílias cristãs precisam deste retorno. Por isso vale a pena ler A Alma do Cristianismo

 

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