MAQUIAVEL PEDAGOGO

Maquiavel Pedagogo

Se existe um tema que é  pauta para qualquer discussão que tenha como meta resolver as mazelas do mundo, este tema é a educação. É clichê afirmar que a educação deve ser a prioridade número um nas agendas dos governos e que todo o empenho deve ser dirigido para acabar com este grave problema mundial.

Qual é  a origem dos problemas que a maioria dos países subdesenvolvidos e de terceiro mundo enfrenta quando o assunto é educação? Falta dinheiro? Falta idéias? Certamente a resposta é  não. Esta é  a resposta mais acertada porque o problema sobre a educação é inteiramente  de interesses políticos.

Os países que estão no topo da cadeia educacional não têm interesse em acabar com o analfabetismo global. Não é do interesse do ponto de vista político e econômico que medidas sejam tomadas no sentido de desenvolver planos que resolvam de uma vez por toda o problema da educação.

Grandes governo e corporações ganham com a ignorância, com o analfabetismo, com a inocência do povo. Investe-se milhões de dólares no combate a fome, (os recursos chegam fácil diante da imagem de uma criança africana em pele e osso esperando um pedaço de pão para não morrer de fome)  cujo  verdadeiro propósito é  manter os miseráveis mais miseráveis e dependentes. Acabar com a fome não faz parte do projeto, manter o população analfabeta sim.

O verdadeiro caminho para acabar a fome e a doença é  a educação.  Só ela pode fazer com que o indivíduo deixe de depender de “pão e circo” e passe a lutar com as suas capacidades por uma vida melhor. Não haverá igualdade se não houver uma educação voltada para tornar o indivíduo independente de qualquer sistema de governo. O caminho para a liberdade passa antes pela educação.  Um povo que não é  educado é  escravo de si e de sistemas dominantes.

Sendo então um problema político,  então porque o problema não é  resolvido?

O caminho para se chegar a resposta é  espinhoso porém necessário trilha-lo. Se informar é,  e continuará sendo, a melhor maneira de descobrir verdades sobre fatos e história que pregam em nossas cabeças.

Pascal Bernardin, jornalista e professor francês,  é  uma das mais afiadas mentes opositoras a este sistema eco-globalista-educacional-politicamente-correto (não me pergunte o que significa isso) que faz parte da agenda da esquerda. Autor  de diversos livros em que ele polemiza questões voltadas para  a educação, globalização, ecologia e o politicamente correto, sua sagacidade e franqueza em revelar as farsas que envolvem essas questões “globais”  tem tirado o sono de muita gente “bem intencionada”. Um desses livros trata exatamente da educação e o fracasso do ensino nas escolas, suas causas e consequências.

No livro Maquiavel Pedagogo Bernadin revela a farsa global que há por trás das agendas de governos, intelectuais e órgãos como OCDE e UNESCO, os guardiões do controle da educação.

A cada página lida fica claro a sujeira e mais claro ainda os porquês de não se encontrar uma saída para a crise mundial na educação: não há interesse em resolver o problema. O analfabetismo é a semente que cultivada, torna os poderosos mais poderosos e os povos cada vez mais subservientes, satisfeitos com pão e circo.

“Essa revolução pedagógica visa a impor uma “ética voltada para a criação de uma nova sociedade“ e a estabelecer uma sociedade intercultural. A nova ética não é outra coisa senão uma sofisticada reapresentação da utopia comunista. O estudo dos documentos em que tal ética está definida não deixa margem a qualquer dúvida: sob o manto da ética, e sustentada por uma retórica e por uma dialética frequentemente notáveis, encontra-se a ideologia comunista, da qual apenas a aparência e os modos de ação foram modificados. A partir de uma mudança de valores, de uma modificação das atitudes e dos comportamentos, bem como de uma manipulação da cultura, pretende-se levar a cabo a revolução psicológica e, ulteriormente, a revolução social.”

“Estando claramente definido o objetivo, para atingi-lo são utilizados os resultados da pesquisa pedagógica obtidos pelos soviéticos e pelos criptocomunistas norte-americanos e europeus. Trata-se de técnicas psicopedagógicas que se valem de métodos ativos destinados a inculcar nos estudantes os “valores, as atitudes e os comportamentos” definidos de antemão. Por essa razão foram criadas os IUFMS, que se empenham em ensinar essas técnicas de manipulação psicológica aos futuros professores.”

“A primeira dessas reformas ocupa-se da formação de professores. As escolas normais foram substituídas pelos Institutos Universitários de Formação de Mestres (IUFMs). Eles se caracterizam pela importância que neles se dá às “ciências” da educação e à psicopedagogia. Esses institutos preparam os professores para a sua nova missão: redefinido o papel da escola, a prioridade é, já não a formação intelectual, mas o ensino “não cognitivo” e a “aprendizagem da vida social”. Também aqui o objetivo é modificar os valores, as atitudes e os comportamentos dos alunos (e dos professores).”

“A revolução pedagógica está também presente nos estabelecimentos escolares. Assim, a estrutura das escolas primária e maternal foi modificada para substituir as diversas séries por três ciclos que reúnem alunos de níveis diferentes. Os ensinos formal e intelectual são negligenciados em proveito de um ensino não cognitivo e multidimensional, privilegiando o social. A reforma pedagógica introduzida no Ensino Médio tende igualmente a uma profunda modificação das práticas pedagógicas e do conteúdo do ensino.”

“Há quem nos censure o fato de havermos insistido demasiado no aspecto criptocomunista da revolução pedagógica por nós exposta, privilegiando de facto a primeira das duas hipóteses. Convimos com isso de boa vontade, mas temos duas razões para haver assim procedido. Em primeiro lugar, o aspecto criptocomunista dessa revolução não poderia ser seriamente contestado. Culminância dos trabalhos realizados desde há quase um século nos meios revolucionários norte-americanos, retomados e desenvolvidos ulteriormente pela URSS e pela Unesco, ela traz em si as marcas de sua origem. Além disso, reconhecer tais origens, admitir que nos encontramos face a uma temível manobra criptocomunista, não exclui, em absoluto, a hipótese globalista da convergência entre capitalismo e comunismo. Mais ainda, essa segunda hipótese na verdade supõe a presença de um forte elemento criptocomunista na sociedade posterior à desaparição da cortina de ferro.”

O leitor poderá tirar as suas próprias conclusões facilmente, pois o autor se vale de informações extraídas de documentos frutos de pesquisas em que nestes pode-se cruzar os dados com as informações que subliminarmente são colocadas em nossas cabeças.

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3 Comentários

  1. Olá! Bela apresentação! Vamos ao livro, então, apesar de não concordar, de todo, com seus argumentos. Sou formadora da Educação Montessoriana, criada pela Dra. Maria Montessori, grande cientista da educação que se preocupou com o desenvolvimento da criança em todas as dimensões. Sua pedagogia não exclui o conteúdo, embora este tenha uma forma diferenciada de relação no processo ensino-aprendizagem. Antes, a criança vivencia experiências que a levam ao desenvolvimento da autonomia – de pensar e de fazer. Cercada pelos conceitos da neurociência, que confirmam as ideias da Dra Montessori de que as mãos são instrumentos da mente, seu trabalho foca o movimento nos primeiros anos de vida da criança para dar suporte à autonomia física (desenvolvimento das funções executivas) para que esta criança estabeleça uma relação inteligente e útil com o ambiente e possa agir com independência e liberdade, mas também, com disciplina. Para isto se faz necessário um ambiente (físico e psíquico) preparado, de modo a tornar esta criança responsável pela sua própria aprendizagem. O tripé da Educação Montessori – educador, ambiente e materiais de desenvolvimento tem a criança como centro do desenvolvimento, numa concepção holística, sistêmica. A criança que cresce e se desenvolve em um ambiente onde exercita a capacidade de escolha para querer o que faz, terá uma maior consciência dos valores, aprendendo a cuidar de si, do outro e da natureza! E este conjunto faz da educação um processo mais completo na formação da pessoa e de seu caráter. Então, educar preservando valores, faz do ser humano, mais humano. Precisamos de uma criança nova para mundo novo. Transformar é preciso. E o conhecimento está junto.

    • Olá Rita. Obrigado por participar e contribuir para a reflexão de um tema tão importante.

    • antonio wedney martins da silva

      o “Novo mundo” sempre estará lá no princípios antigos, já estabelecidos. A ideia de “novo” na pós modernidade é muito perigosa. Todo ativismo social sem reflexão é muito perigoso.

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