As impressionantes revelações feitas pela escritora portuguesa Cristina Jiménez em seu livro Os Donos do Mundo revelam que nos últimos dois séculos famílias poderosas associadas a sociedades secretas vêm dominando o mundo. A autora mostra que sociedades secretas como Távola Redonda, CFR, Trilateral e outras inspiradas em sociedades mais antigas como a maçonaria e os illuminatis têm trabalhado em segredo para a construção de uma Nova Ordem Mundial. Sendo, atualmente, o Clube Bilderberg o mais influente e poderosa entre as sociedades secretas.

     Agindo em comum acordo com as sociedades secretas, poderosas e seculares famílias como os Rothschild e os Rockefeller dão a direção para a implantação da Nova Ordem Mundial. Ambas, discretíssimas, agem além dos bastidores determinando o destino do mundo. Segundo a autora, o Clube Bilderberg surgiu como uma iniciativa do príncipe Bernardo da Holanda, “um homem charmoso tanto quanto desonesto e amante das sociedades secretas”, observa a autora. Jiménez, face às evidências levantadas pelos seus estudos e pesquisas, acredita que o verdadeiro fundador do Clube Bilderberg foi David Rockefeller.

    Ao que parece, a atuação de David Rockefeller, assim como a misteriosa família Rothschild, influenciaram, através de órgãos mundiais como a ONU, todas as decisões políticas e econômicas que causaram grandes crises econômicas como a quebra da bolsa de 1929. De fato, Jiménez assevera que essas famílias controlaram o dinheiro do mundo nos últimos 200 anos. Sendo assim, estavam (e continuam) em suas mãos o controle mundial da economia, decidindo quando, onde e como ocorrerá a próxima crise. Muito dinheiro traz consigo muito poder, por sua vez o poder é a capacidade de influenciar governos e direcionar as decisões  que vão transformar o mundo, portanto um poder político.

    Em Os Donos do Mundo Jiménez expõe a face sombria dessas famílias e seus planos de poder ao afirmar que elas ganham muito dinheiro financiando conflitos mundiais, como por exemplo as duas grandes guerras mundiais. É muito difícil compreender como a vida humana vale tão pouco diante da ambição de certas pessoas. Imaginar que os milhões de jovens que morreram nas duas guerras mundiais perderam as suas vidas em guerras financiadas por quem tinha a obrigação de evitá-la é simplesmente lamentável, isto é de uma crueldade acima de qualquer imaginação. 

  O Clube Bilderberg é uma instituição secreta em que se reúnem periodicamente burocratas, bilionários, funcionários públicos do alto escalão, políticos e intelectuais para deliberarem e decidirem sobre os problemas do mundo. Quem for convidado para participar passa por uma espécie de ritual de iniciação. O sigilo e o consenso são os elementos mais importantes entre os membros do Bilderberg. As decisões tomadas nessas reuniões não chegarão aos ouvidos do público, mas se farão presente em algum momento através dos órgãos mundiais e certamente mudarão as nossas vidas. Quando reunidos,  os seus membros, os donos do mundo mais importantes designam, por exemplo, presidentes de nações poderosas como EUA; decidem quem deve ou não receber ajuda financeira; combinam onde e quando vão ocorrer as guerras e quais os objetivos a serem alcançados com os conflitos; estabelecem diretrizes sobre qual governo sobe e qual cai. Em suma, criam heróis e vilões e quais temas têm relevância para a paz e para a guerra. Seus membros são pessoas altamente influentes. Segundo Jiménez, atualmente o Bilderberg possui cerca de 120 membros. Entre estes se encontram personalidades atuais importantes como Barack Obama, Hillary Clinton, Bill Gates, Henry Kissinger, assim como já foram membros John Kennedy e tantos outros, sustenta Jiménez.   

    Os Bilderberg se envolvem em tudo. Desde patrocínio das ditaduras através de pessoas chaves colocadas na direção de países e órgãos mundiais, até o financiamento de experimentos em laboratórios de engenharia sociais como em fundações tipo Tavistock que de certa forma estão por trás de muitos problemas de saúde que assolam o mundo como as pandemias. Isso porque, assim como fomentar guerras entre países e guerras civis e com isso  produzir doenças com milhões de vitimas, essas organizações movimentam bilhões de dólares através da  atuação das grandes indústrias farmacêuticas.

Os Bilderberg não possuem uma ideologia para chamar de sua mas, tem uma capacidade enorme para criar dissensões ideológicas. Com esses recursos os Bilderberg dão a nota para as sucessivas catástrofes mundiais porque é assim que eles alimentam o poder com um só objetivo. A cada desastre econômico e social, a elite global fica mais rica e mais poderosa rumo ao governo único. Os meios sempre justificam os fins na concepção dessa gente.

    Para alcançar a Nova Ordem Mundial a elite do poder implanta o imperativo do silêncio e a cultura do terror, observa Jiménez. Os Bilderberg são inimigos da democracia e veem a guerra como legítimo instrumento de dominação. Eles estão do lado apenas daqueles que obedecem radicalmente aos seus mandamentos. Quem se opõe, a exemplo da ex-chanceler Margaret Thatcher, terá a sua reputação jogada na lata do lixo de noite para o dia. Embora a dama de ferro tenha resistido a toda investida contra ela e escrito o seu nome nos anais da história como uma grande estadista conservadora,  a maioria que se defronta com a elite do poder vai para o lixo literalmente. Os donos do mundo não estão para brincadeira.

     Quanto ao povo, este segue sem nada desconfiar. A população mundial é inimiga dos objetivos da elite mundial. Porém as massas não sabem que a elite odeia o “povo” e ver nesse apenas um instrumento para alcançar os seus fins. A elite global entende que somente um governo mundial com uma religião secular, cujo deus é o próprio homem e o seu altar o estado, representa o verdadeiro destino do homem para a sua glória. Neste contexto, o “povão” é  um obstáculo  que por horas tem lá sua utilidade. Eliminar esse obstáculo é só uma questão de tempo e estratégia. No universo do novo homem não há lugar para as massas. Para isso uma das metas da agenda globalista dos Bilderberg Távola Redonda, CFR, Trilateral é o controle populacional, mesmo que para isso seja necessário o extermínio de milhões de pessoas através de guerra mundial, pandemia ou catástrofes ambientais inventadas. Essa gente não brinca em serviço. Eles têm um objetivo  e será realizado custe o que custar.

 

Conclusão

     G. K. Chesterton certa vez fizera-se a seguinte pergunta: “o que há de errado com o mundo?”, questão que do alto dos seus dois metros tirava-lhe a paz e que o levou a escrever um ensaio com esta questão como fundo. Nas suas mais profundas indagações,  o eminente escritor deve ter chegado à conclusão de que o dinheiro era o problema do mundo, embora isso não esteja explícito na referida obra.

    O dinheiro sim, corruptor de alma, brinquedo dos homens que pensam ser deuses. O dinheiro que não leva à verdadeira felicidade do homem, pois não vem senão acompanhado do desejo de tudo possuir e de tudo transgredir, dinheiro que aflige o homem e que é, ao mesmo tempo, a mola propulsora da humanidade e a desgraça do homem (é mais fácil o camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no Reino do Céus – Mateus, 19:24).

     Pouco importa a ideologia. Dinheiro não tem ideologia. Ele corrompe a alma do homem de esquerda tanto quanto o homem de direita. São poucos os que não se dobram ao seu imperativo. Tão alto quanto o dinheiro na glória e queda do homem é o poder. Sem dinheiro não há poder, pois um é a âncora do outro. Pelo dinheiro revelamos quem somos, através do dinheiro chegamos ao purgatório.

      Qual é o papel do dinheiro e como influenciaria a alma que não mais pertence ao mundo material? Não sabemos. Mas temos a certeza de que enquanto o dinheiro for a alavanca do mundo, e isso está mais evidente que nunca na atualidade,  o homem será escravo de si mesmo. O homem jamais se libertará dos grilhões de quem possuir dinheiro e poder e que precisa exercê-lo sobre alguém. Essa é a reflexão provocativa que a leitura de Os Donos do Mundo nos desperta no leitor atento.