Política, Ideologia e Conspirações.

Desde cedo, ainda adolescente, sempre acreditei que havia  governo maior que o que governava o meu país. Algo como uma força única e centralizada que traçava o destino da humanidade. Na época, a pouca intimidade com assuntos sociais, políticos e econômicos em relação ao meu país e ao mundo me impedia de compreender um fenômeno que somente compreendi já adulto.

Quando ouvi pela primeira vez a expressão “Teoria da Conspiração da História” não o foi de uma forma que despertasse em mim qualquer interesse, mas como algo que somente os imbecis poderiam acreditar em tal sandice.  Eu até temia pensar nisso e por algum tempo achei que era coisa de lunáticos sob às ordem de uma seita diabólica.

Mas o tempo passou e minha curiosidade sempre crescente, não estava satisfeita com tão simples explicação para algo que era tão evidente. Principalmente se eu considerasse que muitos livros que profetizavam um futuro com seres humanos dominados por um sistema único,  alertavam, mas também serviam de cartilha inspiradora para quem resolvesse adotar tais políticas.  Hoje estou convencido que cada passo que damos foram milimetricamente planejado para que tudo acontecesse naturalmente sem a nossa percepção de mudanças e continuássemos neste caminho sem a consciência de que nossos atos não são nossos embora sejamos responsáveis por eles.

Agora acredito explicitamente que existe uma conspiração mundial que domina o mundo de hoje e o de amanhã. A isto chama-se Teoria Geral da Conspiração.  A diferença é  que ainda faltava saber quem são os idealizadores destas rede de controle e quem a mantém, e como o planejamento é  feito.

Neste sentido, a leitura do livro Política, Ideologia e Conspirações revela, como o próprio subtítulo alerta, a sujeira que há por trás das idéias que dominam o mundo.

Publicado em 1971 pelos professores Gary Allen e Larry Abraham, este livro foi um marco revelador que o estableshiment tratou de ridicularizar e torno-la mais desacreditado possível.

As revelações feitas pelos autores são bombásticas. Quem imagina que há uma relação de simbiose  entre o comunismo e os banqueiros americanos e ingleses, e ainda que idéias contidas no manifesto comunista de Carl Max e Engels foram copiadas dos iluminattis décadas antes do seu lançamento? Quem pensaria que os banqueiros das famílias Rotschild, Rocfeller e os Morgan lucraram ao financiar guerras emprestando dinheiro para os governos? Mais ainda, quem acreditaria que crises como a de 1929 não foi obra da incompetência e da ganancia de alguns banqueiros e investidores e sim um plano, entre tantos outros, com o objetivo de gerar imensos lucros para um pequeno grupo intocável que os autores chamam de os Adeptos?

Pois bem, esse grupo continua no comando da nova ordem mundial. Nada acontece sem que não tenha o controle dele. Isto é  o que os autores revelam nos capítulos Socialismo – a estrada real dos super-ricos para poder, e Manipuladores de dinheiro.

Mas, mais assustador é  a revelação dos autores sobre quem financiou a revolução Russa em 1917. Pasmem, o banco JP Morgan que após a fortuna que ganhou ao financiar a entrada da Inglaterra na primeira Guerra Mundial, e de ter jogado os EUA na mesma guerra para garantir os lucros, financia a revolução bolchevique.

Em poucas páginas,  o livro Política, Ideologia e Conspirações escrito em 1971 é  um choque capaz de causar uma crise existencial em algumas pessoas mais sensíveis. Isto porque a primeira pergunta que vem a cabeça após a leitura do livro é: eu tenho uma vida que me pertence? De acordo as revelações feitas por Gary Allen a resposta é não.

Leitura recomendada

A Decadência do Ocidente